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ALIMENTAÇÃO + DICAS SAÚDE
11.02.2022

Fome Emocional vs Fome Fisiológica

A alimentação e a emoção estão relacionadas, os alimentos fazem parte de todos os momentos da nossa vida, e essa relação começa desde cedo, por exemplo, quando os bebés choram uma das primeiras coisas que a mãe faz é dar de mamar, o que gera uma relação de fome-conforto, quando crianças, os familiares incentivam a criança a portar-se bem para receber uma recompensa doce (algo que desaconselho vivamente), e quando adultos tentamos colmatar momentos de frustração, angustia, ansiedade, entre outros, com alimentos.

 

É verdade, a comida pode conferir calma e conforto, e pode perfeitamente comer algo mais calórico ou considerado pouco saudável, com equilíbrio. O problema é quando fica dependente desses momentos e os repete constantemente. Quando deixa de saber diferenciar fome emocional de fome fisiológica.

 

É preciso entender qual a origem do problema/emoção que o está a afetar se sente que isto é uma determinante na sua vida. Quando deixamos de lidar com a realidade e apenas buscamos conforto nos alimentos afastamo-nos da raiz do problema e dificultamos a sua solução.

 

É importante saber lidar com as emoções/sentimentos sem fazer disso um ato alimentar compulsivo. Quando este é o principal mecanismo emocional, e o primeiro impulso é abrir o armário ou o frigorifico e comer uma série de alimentos que lhe aparece à frente, fica preso a um ciclo vicioso, nada saudável, onde o problema primário continua por resolver.

 

E corre o risco de ficar com mais um problema, a compulsão alimentar, uma má relação com os alimentos, o excesso de peso, um maior risco de problemas de saúde relacionados ao mesmo e um sentimento de culpa e frustração por ter ingerido calorias desnecessárias. Cada vez fica mais difícil controlar o peso, e sente-se impotente perante os alimentos e as suas emoções.

 

Ora, para melhorar o seu estilo de vida e quebrar esse ciclo vicioso são necessárias estratégias que são fornecidas em consulta de nutrição.

 

Uma ferramenta que considero muito útil é o preenchimento de um diário alimentar. Além do registro dos momentos das refeições e das quantidades ingeridas, o paciente pode também observar e registrar as suas emoções ao longo do dia que estejam ligadas ao consumo de alimentos. Ajuda o nutricionista a entender melhor o seu padrão alimentar e nomear os principais erros.

 

É importante também identificar/registrar que atividades no seu dia a dia lhe são prazerosas, ao ter estratégias definidas para quando tiver que lidar com esses momentos, existe maior probabilidade de conseguir coloca-las em prática, prevenindo o impulso de comer.

 

Dedicar algum tempo a cuidar de nós próprios pode ser um momento de autoconhecimento e descoberta maravilhosos.

Fonte: Nutricionista Dra. Ana Rita Correia